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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Comentário à Casa dos Bicos















Este é realmente um dos edifícios mais peculiares de Lisboa. Com a sua malha de “bicos” enxaquetada, o edifício destaca-se claramente de todos os edifícios que o rodeiam; isto também acontecia na época em que foi construído: era considerado um palácio exíguo, quando comparado com os palácios vizinhos, mas a sua fachada marcou, desde sempre, a fisionomia da cidade.
A Casa dos Bicos constitui um importante núcleo arqueológico, que, infelizmente, não pode ser visitável. Neste espaço foram encontradas ânforas, cerâmicas, peças em vidro, cetárias (tanques de salga e conserva de peixe), e ainda restos da antiga Cerca Moura. Parte deste espólio pode ser visto no Museu da Cidade, mas é realmente uma pena que o restante não esteja acessível ao público.
Um aspecto que achei bastante curioso foi a configuração do passeio em frente à Casa dos Bicos, que relembra os arcos islâmicos, muito orgânicos, e que se conjuga bastante bem com a fachada do edifício.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Comentário à Cetária da Loja Napoleão

Tivemos a oportunidade de ver a cetária em questão, e constatámos que sofre de alguns problemas relacionados com humidade, que nos impedem de ver o interior da mesma. A cetária está a vista de todos, e faz realmente parte do espaço da loja e da sua decoração, com várias garrafas de vinho dispostas em volta da cetária. Existe até um exemplar raro, numa garrafa de 12 litros, exposta sobre o vidro que cobre a cetária. Os empregados da loja mostraram total disponibilidade para nos mostrar e falar sobre a cetária, e por isso gostaríamos de agradecer ao Sr. José Luís, que foi quem nos acompanhou.
Junto à cetária, existe uma inscrição: “Tanque de salga pertencente a uma fábrica de conserva de peixe utilizada até aos inícios do século V”; assim, os visitantes podem saber o que ali se encontra, mesmo que não possam ver nas melhores condições.

Comentário à Igreja de N.ª Sra da Encarnação

Esta é uma bonita Igreja, que já sofreu muito com os desastres naturais que ocorreram em Lisboa, particularmente o terramoto de 1755. A edificação actual é posterior ao sismo, pelo que a sua arquitectura já apresenta elementos neoclássicos.
Pelo que pudemos observar, é uma Igreja muito frequentada. Havia muitas pessoas a assistir à missa, na altura em que a visitámos, para além de turistas que apreciam mais o seu carácter de monumento.
Para os apreciadores de arte, a Igreja apresenta uma linguagem "roccaille" tardia, característica do estilo Rococó, com grinaldas de anjos e elementos vegetalistas, e escultura do escultor Machado de Castro, um dos maiores escultores portugueses do século XVIII.

Comentário à Igreja de N.ª Sra do Loreto

Ficámos curiosas quando reparámos numa placa no exterior desta igreja, que dizia “Igreja dos Italianos”. Nenhuma de nós a conhecia por esse nome, apesar de passarmos muitas vezes por esta Igreja. Uma das curiosidades que nos chamou a atenção, foi o facto de haverem missas em latim, uma vez por dia, algo que já não vemos todos os dias.
Outro dos pontos de maior interesse desta Igreja é a arte que possui no seu interior. Esculturas de Borromini, capelas em mármore italiano, pinturas de António Machado Sapeiro; são vários os exemplos de arte italiana e portuguesa que decoram esta Igreja.
Também pudemos apreciar o órgão de tubos, cujo som enche completamente a Igreja e lhe dá um carácter grandioso e fantástico.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Comentário à Muralha Fernandina

Foram inúmeras as vezes que me desloquei ao Espaço Chiado para fazer impressões de trabalhos no centro de cópias Arco- Íris. Para variar e sendo estudante e ainda por cima de Belas Artes, estas deslocações, foram sempre feitas em estado de stress! Claro está, nunca tinha sequer reparado que no meio do centro comercial estava parte da Muralha Fernandina!
Está lá de facto, bem visível e assinalada!!!
Quem entra no Espaço Chiado do lado da Rua Nova da Trindade depara-se a meio do caminho, do lado direito com o Torreão, que em tempos flanqueava a antiga Porta de Santa Catarina e do lado esquerdo com parte da muralha. Esta estende-se em altura até ao segundo andar do centro comercial.
A muralha pode ser vista através de paredes de vidro que a ladeiam, estando assim protegida e devidamente iluminada.
É de facto curiosa esta integração e apropriação da história no nosso quotidiano, ainda mais quando se trata de um centro de comercial.
Geralmente vamos ao centro comercial fazer compras, ver as montras, neste caso, eis que na montra encontramos não roupa, ou aquelas sandálias vermelhas giríssimas mas parte da história da cidade de Lisboa, neste caso a Muralha Fernandina.

Comentário ao Convento de São Francisco

Parte do Convento de São Francisco é hoje ocupada pela Faculdade de Belas Artes.
Como estudante desta faculdade há 5 anos, tenho uma relação muito próxima com este edifício e é difícil desassociá-lo da ideia de escola!
O convento foi remodelado, no entanto, ainda está muito presente a estrutura conventual! As antigas celas dos monges foram agrupadas e transformadas em salas de aulas, o claustro é hoje o local onde almoçamos nos dias de sol e onde continuamos a partilhar o espaço com as estátuas , e a cisterna é utilizada como espaço expositivo!
Vista do exterior penso que ninguém associa aquela fachada despojada ao interior do edifício, cheio de recantos, escadas, estátuas, inscrições, um espaço labiríntico que confesso ao final de 5 anos não conhecer completamente!
O Conjunto resulta numa mistura engraçada, afinal este edifício embora dividido, é partilhado pela faculdade, pela polícia, pelo Governo Civil e pelo Museu do chiado! É fre-quente ouvir-se na esplanada do museu do chiado, as conversas do pessoal de escultura e olhar através da janela e ver os polícias a treinar nos terraços da escola!
É um espaço lindíssimo que vale a pena conhecer, quanto mais não seja, para ver a quantidade de trabalhos que se encontram espalhados pelas paredes da escola na altura das avaliações finais ou para abrir uma janela e ver o Tejo, que faz parte do dia a dia de todos os alunos desta faculdade!

Verdes Anos