Classificação: Monumento Nacional
Tipologia: Mosteiro
Localização: Praça do Império, Santa Maria de Belém, Lisboa
Período: Moderno
Descrição:
Mosteiro fundado com o apoio do rei D. Manuel em 1501, que nele pretendia reunir em panteão a sua família (D. Manuel I e os seus descendentes foram sepultados em túmulos de mármore colocados na capela-mor da Igreja e capelas laterais do transepto). A sua construção demorou bastante tempo, passando por diferentes estilos artísticos, e foi financiada em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias vindas do Oriente. É composto por: uma igreja (planta longitudinal, em cruz latina, com três naves cobertas por abóbada única, rebaixada), um claustro (dois andares abobadados), livraria, refeitório, sala do capítulo e sacristia.
O edifício exibe uma extensa fachada de mais de trezentos metros, obedecendo a um princípio de horizontalidade que lhe confere uma fisionomia calma e repousante. Foi construído em calcário de lioz, que provinha de locais muito próximos do local de implantação. Entre os mestres que trabalharam na sua construção, destacam-se Diogo de Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e Jerónimo de Ruão.
O Mosteiro foi entregue à Ordem de S. Jerónimo, nele estabelecida até 1834(após a extinção das ordens religiosas, o Mosteiro tornou-se a igreja paroquial da freguesia de Santa Maria de Belém). Sobreviveu ao sismo de 1755 mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.
O Mosteiro dos Jerónimos é habitualmente apontado como a "jóia" da arquitectura manuelina, mas também integra elementos arquitectónicos do gótico final e do renascimento; os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos.
Actualmente, estão sepultados no Mosteiro alguns dos maiores nomes da História de Portugal, como é o caso de Vasco da Gama, Luís de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa, para além dos de D. Manuel I e a sua mulher D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique.
O complexo do Mosteiro integra ainda o Museu Nacional de Arqueologia e o Museu da Marinha.
O monumento é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
Intervenções Arqueológicas / Trabalhos:
Foram efectuadas escavações, em 2001, a cargo da arqueóloga Maria Moreira Baptista de Magalhães Ramalho, que permitiram fazer o levantamento de estruturas outrora existentes no jardim do claustro.
Bibliografia:
- ALVES, José da Felicidade, “O Mosteiro dos Jerónimos”, 3 volumes, Lisboa, Livros Horizonte
- MOREIRA, Rafael, "Jerónimos: Monumentos de Portugal", 1987, Lisboa, Verbo
- SANTOS, Reynaldo dos, “O Mosteiro de Belém: Jerónimos”, 1930, Porto, Marques Abreu
Netgrafia:
www.mosteirojeronimos.pt/
www.ipa.min-cultura.pt/
www.ippar.pt/
Horário:
Outubro a Abril das 10H00 às 17H00; Maio a Setembro das 10H00 às 18H00; última entrada 30 minutos antes do fecho.
Encerra à Segunda-feira e também nos feriados nacionais de: 1 de Janeiro; Domingo de Páscoa; 1 de Maio e 25 de Dezembro
Morada: Mosteiro dos Jerónimos
Praça do Império
1400-206 Lisboa
Transportes:
Autocarros 727, 728, 729, 714 e 751; Eléctrico 15
Comboios da linha de Cascais - Estação de Belém
Barcos da Trafaria e Porto Brandão - Estação fluvial de Belém
Contactos:
Tel: 21 362 00 34
Fax: 21 363 91 45
Email: mmjeronimos@ippar.pt
sexta-feira, 18 de julho de 2008
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